Participo de muitos webcasts e converso muito com amigos sobre esse tema de gestão de pessoas e carreira, especificamente na nossa área de TI. Por que referenciar a área de TI? É diferente trabalhar em uma empresa de TI e uma empresa onde o core não é TI? A minha resposta é SIM, assim como é diferente trabalhar em uma grande empresa e em uma empresa de pequeno e médio porte. Geralmente em grandes empresas somos vistos como números e em pequenas e médias empresas somos conhecidos pelo nosso nome.
Uma empresa onde o core não é TI é um pouco diferente de uma empresa de TI por exemplo. Em uma empresa de TI o foco está ligado muito na operação e em projetos, rotulando o Gestor como um “Gestor Operacional”, e não um Gestor de pessoas e carreiras. No dia-a-dia o papel dele é administrar os problemas operacionais, controlar atividades e mudanças, controlar gastos, fazer relatórios de resultados relacionados a operação, etc..
Diante da correria do dia-a-dia, como sabemos e medimos a satisfação das pessoas que trabalham conosco? Como podemos extrair da melhor maneira os skills das pessoas que formam a equipe? O que precisamos fazer para motiva-los? Lembrando que não é só dinheiro que motiva as pessoas no trabalho. Feedbacks são bem vindos, sejam eles negativos ou positivos. Como um colaborador sabe se o trabalho dele está sendo bem executado ou não? Infelizmente muitos procuram seus gestores para ter essas informações. Será que hoje todos os gestores tem conhecimento do que seus subordinados querem para o futuro? A empresa ajuda (ou pode ajudar) no desenvolvimento profissional dessas pessoas? Muitas vezes, as pessoas ficam com receio de conversar sobre isso com seus Gestores, mas é algo que tem que ser feito constantemente.
Eu comecei na área de TI em 1999 e de lá pra cá percebi muitas mudanças. São poucas as empresas que investem em seus colaboradores, e isso diminui o número de pessoas interessadas em conhecer novos produtos e tecnologias é menor, pois nem todos tem condições de bancar um treinamento. Para as pessoas didáticas, o sofrimento é menor, pois na internet temos conteúdo para tudo.
Eu sempre compartilho o seguinte pensamento:
Todo investimento e conhecimento que você faz é exclusivamente SEU e não da empresa. Portanto, não espere a empresa pagar por um treinamento para você, organize-se financeiramente para realiza-lo.
Já ouvi de alguns gestores que a empresa fica com receio de investir no profissional e ele se auto-valorizar e acabar saindo da empresa. Faz sentido sim ele se auto-valorizar, mas o fato de correr o risco de perder esse profissional, pode ser algum gap na gestão de carreira que a empresa adota, pois o fato de bancar um treinamento para o profissional, é uma parte que está dentro da gestão de carreira, que é composta por um conjunto de itens (não sou especialista em gestão de carreiras).
Vejo e reconheço que não seja algo tão simples e fácil, mas também não é impossível. Acho que vale a pena a tentativa pelo menos. Começando por mais dialogo e mais feedbacks.
Participem compartilhando a opinião e visão de vocês sobre esse assunto.
Obrigado.
Marcelo Strippoli